Resenha de José Messias, aluno do curso de Jornalismo da Uerj e colaborador do site Cinetotal.
Era uma vez um homem chamado Adolf e ele só queria fortalecer seu país, completamente desestruturado após a Primeira Grande Guerra. Como todos sabem, dentre os métodos utilizados por ele estava incitar o ódio racial e o confronto direto com outras nações, consideradas inferiores, o que culminou na Segunda Guerra Mundial. Na história da humanidade existem centenas de acontecimentos trágicos como esse, muitas vezes insuflados por líderes bem-intencionados. Em “A Onda” (Die Welle), um exercício escolar à primeira vista inocente transforma alunos de uma escola alemã em fascistas em potencial.
O filme é baseado numa história real que na verdade aconteceu nos Estados Unidos. Em 1967, o professor Ron Jones propôs uma experiência a sua turma, eles tentariam simular como era viver sob a disciplina extrema de um regime autocrático (ditadura cujo poder está centrado num indivíduo ou pequeno grupo). O grupo foi chamado de “A Terceira Onda” – uma referência ao Terceiro Reich alemão – e rapidamente se espalhou por toda escola levando a atos de violência e vandalismo.
Quatorze anos depois, em 1981, o norte-americano Todd Strasser escreveu o livro “A Onda”, sob o pseudônimo Morton Rhue – curiosamente derivado das palavras morte e rua em francês (mort e rue). Antes mesmo de virar longa na Alemanha, o livro gerou um especial de tevê norte-americano que inclusive chegou a ganhar um prêmio Emmy. A obra é um Best-seller mundial e leitura obrigatória nas escolas germânicas, daí a necessidade de atualizá-la nesta nova produção.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
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